sábado, 15 de abril de 2023

5 Desenhstas que vale a pena conhecer

sábado, 15 de abril de 2023 0

Olá, Amigo!

A Associação Internacional de Artes - IAA instituiu em 2011 que todo 15 de abril comemora-se o Dia Mundial do Desenhista. A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de um dos mais famosos desenistas de todos so tempos, o gênio Leonardo Da Vinci. Estava pensando em uma postagem legal para a data, que saísse do lugar comum pra nós artistas que é fazer meio que uma auto-homengem. Minha formação como desenhista passou pelas carteiras da extinta Escola de Desenho Cândido Portinari, em Santana, São Paulo, Capital. Podia me debruçar sobre o lado desenhista do Patrono dessa escola, afinal Candinho é um dos maiores mestres do desenho e da arte brasileira, com formação acadêmica, que soube se reinventar quando em contato com as vanguardas europeias e com os modernistas brasileiros da década de 1920... já daria um texto interessante. Mas acho que eu não traria grandes contribuições biográficas que já não existam às fartas nas inúmeras páginas dedicadas à arte brasileira. Sendo assim, recorri ao recurso mais apelativo da internet: as listas. Listas são polêmicas. Pra não entrar nesse vespeiro, não ranqueei nem criei classificações contestáveis. Preferi listar 5 artistas do traço dentre muitos que ajudaram a formar o desehista que sou atualmente. De repente pode servir de guia para algum desenhista iniciante, daí já satizfiz meu papel de arte-educador, também. Bora conhecer 5 de meus Mestres, que nunca souberam que o são ou que o foram. Mas aprendi bastante coisa observando, copiando e exercitando o melhor que consegui captar do estilo de cada um.

1. Edmundo Rodrigues


Ao alto, o Mestre Edmundo Rodrigues em 3 momentos distintos; abaixo, trecho de sua obra "Como Começar a Desenhar", de 1963-65.

Já escrevi sobre ele aqui no blog (confira a postagem clicando aqui). Foi talvez meu primeiro professor de desenho. Quando tinha lá meus dez ou onze anos, meu pai me presenteou com um livro da Ediouro, o sensacional "Como começar a desenhar" de Edmundo Rodrigues, livro de desenho repleto de tutoriais com construções passo a passo. Como contei anteriormente, foi nesta puplicação que aprendi a necessidade do esboço para um melhor domínio da habilidade de desenhar. Também percebi a simplicidade dos traços e formas que podem construir qualquer coisa que sua imaginação possa criar.

Em setembro de 2012, aos 77 anos, Manuel Edmundo Botelho Rodrigues nos deixou, mas a sua arte permanece.

A Ediouro ainda existe. Mas este livro, bem como uma infinidade de outros títulos com tutoriais de arte, já não faz mais parte do catálogo. Com um pouco de sorte você ainda pode encontrar alguns exemplares em sebos e em sites que trabalham com essas edições fora de catálogo, como o site "Estante Virtual". (clique aqui).

Além da minha postagem que linkei acima, no início desse item, você pode conhecer um pouco do trabalho do mestre Paraense no site "Guia dos Quadrinhos" (clique aqui) e também em uma postagem que resgata bastante de sua biografia no blog "Bengalas Boys Club" (confira aqui), num relato emocionado de Tony Fernandes, dos Estúdios Pégasus, em São Paulo.

2. Daniel Azulay

Daniel Azulay, seus personagens e o mestre em ação na TV, nos anos 1980, e mais recentemente na internet

Sou de uma geração criada em parte em frente a TV. Minha geração é beeem anterior a chegada das TVs pagas - quem dirá da internet e dos streamings. Naqueles tempos de programação barata e de gosto duvidoso das tvs abertas - o que não está muito diferente da tv aberta atual, parando para pensar direitinho - e de conteúdo parcialmente filtrado pela censura oficial, antes da reabertura política no país, haviam alguns oasis na programação infantil, em especial na antiga RTC (Radio e Televisão Cultura, atual TV Cultura), com jóias como Bambalalão e a Turma do Lambe-Lambe, que alguns poucos anos mais tarde migrou para a TV Bandeirantes. A Turma do Lambe-Lambe era um programa com jogos interativos ("aponte com a ponta do dedo" e o famoso "Pincel Mágico" que revelava um desenho com várias dicas usando uma pintura em Chroma Key), esquetes de humor com atores fantasiados dos personagens da Turma (Professor Pirajá, Chicória, Pita, Damiana e outros), mas principalmente com tutoriais "Maker" (numa época em que esse termo nem existia e os Art Attack da Disney não era nem sonho) para fabricação de brinquedos de sucata (despertando consciências ecológicas em crianças) e lições simples de desenho de construção, tudo isso retirado da mente fértil do quadrinista criador dessa turminha, o inigualável Daniel Azulay.

A melhor fonte de informação é o site oficial DanielAzulay.com.br, mas tembém tem muita coisa curiosa fazendo uma busca pela internet, como o trecho de programa que encontrei no YouTube, no canal Gravinadigital, que posto logo abaixo:


Trecho do programa "Turma do Lambe-Lambe" na TV, nos anos 1980                                           

Encontrei também um resumo biográfico bacana no site ArteCult, com texto de Vanderley Sadrak, cheio de curiosidades sobre o Mestre. (Clique aqui)

Em março de 2020, aos 72 anos, Daniel Azulay também nos deixou, mas assim como Edmundo Rodrigues - talvez até mais, pois seu legado é mais conhecido - sua arte também permanece.

3. Juarez Machado

Juarez Machado hoje, uma de suas obras e caracterizado para uma de suas esquetes no Fantástico, nos anos 1970.

Outro nome que remonta à minha infância e meus primeiros contatos com a arte é Juarez Machado. Artista plástico, pintor, escultor, desenhista, caricaturista, mímico, designer, cenógrafo, escritor, fotógrafo e ator, com vasta e premiadíssima carreira no mundo das artes. Meu contato com o trabalho dele, foi nas esquetes dominicais no programa "Fantástico", da Tv Globo, num quadro onde esbanjava criatividade interagindo com suas obras através da mímica e dos efeitos especiais de edição de video disponíveis na época. Você pode encontrar muitos desses quadros no site Globo.com. Deixo como exemplo aqui essa esquete de 1978, que encontrei no YouTube, no canal "Tevê With Lasers".


Clássica sketch de Juarez Machado no Fantástico, em 02 de julho de 1978. Direitos reservados às Organizações Globo.

Saiba um pouco de sua trajetória e conheça suas principais obras no site "Guia das Artes" (Clique aqui).

4. Elifas Andreato


As obras "Natal na Favela" e "Boneca no Barraco", o artista em ação e algumas das inúmeras capas de disco que criou.

Muito famoso pelas inúmeras capas antológicas de discos brasileiros, como as de Nervos de Aço (1973), de Paulinho da Viola, Canta Canta, Minha Gente (1974), de Martinho da Vila, o último álbum de Adoniran Barbosa (1980), e a série formada por Ópera do Malandro (1979), Vida (1980), Almanaque (1981) e En Español (1982), todos de Chico Buarque, dentre tantos outros, o artista plástico e gráfico paranaense Elifas Andreato também reside na minha memória afetiva por uma série de capas de caderno universitário, na década de 1980... já não lembro mais se da Tilibra ou da coleção Imagem & Mensagem. Mas a imagem de Obras clássicas do mestre como "Natal na Favela" e "Boneca no Barraco" carregaram minhas anotações de Português, Matemática, História e outras disciplinas durante o meu Ensino Fundamental 2, que na época era chamado de Primeiro Grau ou Ginásio. Sua aquarelas delicadas, com retoques de lápis de cor, evidenciavam o traço em suas pinturas.

Morreu em 2022 aos 76 anos, mas continua sendo um dos maiores artistas brasileiros contemporâneos.

Existe vasto material sobre ele na internet, mas a melhor coletânea de obras e biografia se encontra no site "Elifas Andreato: Um artista Brasileiro" (Clique aqui)

5. Aylton Thomaz


Aylton Thomaz nos anos 1960, seu livro "Desenho Cômico - Curso Completo", de onde retirei os exemplos de ilustração mostrados acima

Grata supresa, mas ainda meio triste, após 15 anos que publiquei algo sobre esse mestre - para ver minha publicação de 2008, clique aqui - hoje há um pouco mais de material sobre esse grande desenhista e pintor brasileiro. Curiosamente, morreu aos 74 anos em 2009, no ano seguinte à minha publicação. Portanto o que se vê hoje é talvez meio que um resgate bem tímido de parte da sua importante carreira, iniciando nos quadrinhos de terror na EBAL nos anos 1950 e migrando para pintura nos anos 1970. Em 1991, ganhou o Prêmio Angelo Agostini de "mestre do quadrinho nacional", que tem como objetivo premiar artistas que tenham se dedicado aos quadrinhos brasileiros por pelo menos 25 anos. Infelizmente não há páginas com galeria de imagens do talentoso artista. Hoje há um WIKI com poucas informações. Quando se faz busca no Google sobre "Aylton Thomaz obras" aparecem algumas poucas pinturas em sites de galerias e leilões. Conheci o trabalho do Aylton Thomaz do mesmo jeito que o do Edmundo Rodrigues: através das maravilhosas publicações de livros de arte da Ediouro. Após ver o filho "devorar" o livro de Rodrigues, meu pai, em outra ocasião, me presenteou com o livro "Desenho Cômico - Curso Completo", de Thomaz, onde aprimorei minha técnica latente de fazer caricaturas e movimentação de personagens com várias lições do livro. Reitero mais uma vez que esse material está fora de catálogo e só é possível encontrar algo garimpando em sebos.

Abraço!

Fabio Vicente

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Inteligência Artificial nas artes: Já parou para pensar?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022 0

 Olá, Amigo!

Triste. É o inicio do fim.

Mais ou menos um mês atrás fiquei espantado com a publicação de um livro inteiramente ilustrado por inteligência artificial. Com a explosão de sites e apps usando Inteligência Artificial para criação de pequenas artes e avatares as pessoas começaram a tomar ciência do alcance dessa tecnologia. "Ah, Fabio... uma máquina jamais vai substituir o sentimento de um artista... jamais fará uma Monalisa ou uma 5ª Sinfonia!" Pode até ser... Mas já produz numa qualidade razoável em tempo mais rápido e mais barato que a arte tradicional. É necessário impor limites, antes que a previsão da banda Plebe Rude, em "Bravo Mundo Novo", se confirme: "Na primeira revolução industrial a máquina substitui o trabalho braçal/ Na segunda revolução industrial a máquina substitui o trabalho mental".

Sobrevivemos ao surgimento da máquina fotográfica: revolucionamos o modo de se ver e representar o mundo inventando a abstração. As máquinas estão dando o troco: com inteligência artificial é só uma questão de tempo para usar todo nosso conhecimento pré e pós abstração para substituir o trabalho criativo.

O "Deus Mercado" vai vencer essa batalha, barateando os custos do trabalho criativo artístico?

Parece meio alarmista essa minha preocupação... mas estou realmente preocupado onde essa tendência - que já caiu no gosto popular - irá nos levar. A Trend da semana passada foi um festival de famosos postando retratos "artísticos" feitos por Inteligência Artificial. PAGOS. Isto é, tem alguém, que provavelmente nunca apontou um HB pra fazer um esboço na vida, que já está ganhando um bom dinheiro com isso. Pra mim, esse processo de substituição de mão de obra já começou.

Uma mudança de paradigma da sociedade pode até ocorrer algum dia, tipo a substituição de um capitalismo predatório por uma sociedade onde a produção seja feita por máquinas e a as pessoas sejam remuneradas para apenas viver livremente... mas até lá a tecnologia já se estabeleceu e as atuais relações leoninas de trabalho já deterioradas vão produzir, sim, estragos em pouco tempo. Não há como frear a tecnologia, por isso é preciso legislação e ética. Sonho com um mundo melhor, mas infelizmente esse mundo ainda não chegou.

Sob um  determinado aspecto, no que tange ao trabalho braçal, por exemplo, é até compreensível essa substituição... tirar o ser humano de atividades de risco ou que ocasionem danos por repetição, sejam físicos ou mentais. Mas a lógica capitalista sempre empurra um passo além... tipo "Até onde posso colocar máquinas pra aumentar minha margem de lucro?" A Inteligência Artificial já está substituindo postos de trabalho no Telemarketing e nos SACs. A triste constatação é ver essa mesma lógica predatória aplicada a atividades intelectuais.

Há quem defenda o uso dessa tecnologia, argumentando que as máquinas apenas estão tomando nossa arte como ponto de partida, como referência, assim como nós artistas também o fazemos. Contudo, o que temos visto são cópias de estilos, referências literais, diretas... tudo isso utilizado sem permissão ou sem citação de referência, ferindo direitos autorais, e iniciando uma substituição silenciosa da mão de obra... Uma trilha incidental ou um jingle pode não ter a importância cultural de um música autoral, um livro 100% ilustrado por IA pode ser apenas uma curiosidade. Essa produção massiva não é propriamente uma produção com status de Obras de Arte... mas é a base do sustento do artista na nossa sociedade.

Levando ao limite: as ferramentas de IA vão se tornar excelentes copistas? Vão superar a fase da cópia e começar a criar trabalhos inéditos? Vão misturar estilos e chegarão a criar obras superiores? Ainda não temos essas respostas. E mesmo colocando os pés no chão, vislumbrando apenas o panorama atual: os empregadores... vão continuar contratando artistas analógicos para produção em massa (que é o grosso dos rendimentos do artista), se uma máquina consegue um nível razoável de qualidade em menos tempo e com custos menores?

Essas reflexões têm movido muitos artistas que estão se expressando com a hashtag #SAYNOTOAIART nas redes sociais nesta semana.

Qual é sua opinião sobre isso?

Fabio Vicente

domingo, 19 de julho de 2020

Me conhece? Em todas as redes?

domingo, 19 de julho de 2020 0


Olá, amigo!

Não custa nada perguntar... Já conhece todos nossos canais na web? Estou há quase duas décadas gerando conteúdo de qualidade sobre desenho, arte e afins. Gostaria de saber se o público que acompanha esse meu trabalho nas mais diversas redes sociais é o mesmo.
Melhor do que fazer uma pesquisa, preferi fazer um convite: Me conhece do blog? Me conhece do canal? Me conhece em alguma rede social? Me adiciona em todas as redes!

Abraço!

Fabio Vicente

domingo, 30 de setembro de 2018

Drops Sequencial no Insta!

domingo, 30 de setembro de 2018 0


Olá, amigo!

Já se inscreveu no nosso canal no Instagram?
Estamos postando as microaulas "Drops Sequencial", uma por dia. Se perdeu quando foram publicadas no Facebook, está aí sua oportunidade de rever esse material e começar a treinar desenho no estilo caricato.

Bons desenhos!

Fabio Vicente.

sábado, 29 de setembro de 2018

Já conhece todos nossos canais?

sábado, 29 de setembro de 2018 0


Olá, amigo!

Chega de ficar esperando ter tempo para atualizar minhas páginas. Eu nunca vou ter tempo sobrando.
Eu tenho que criar esse tempo. Os sonhos não esperam. O tempo passa e todo modesto cabedal de conhecimento adquirido vai comigo para o túmulo. De nada adianta o conhecimento se não é compartilhado. Sendo assim, tentarei ser mais produtivo semanalmente nesse canal que é meu pequeno universo na web há quase duas décadas. Tenho quase tanto tempo de internet quanto o Google. Sou tão pioneiro quanto esse povo, sem falsa modéstia.
Tem tanta gente que acompanha meu trabalho de longe há tanto tempo... sou eternamente responsável por aqueles a quem cativo, tal qual diz a famosa criação de Saint Exupéry. E os tempos mudam... os hábitos de internet também vão mudando. É preciso acompanhar esses novos tempos.
Então tem "Arteseqüencial, o blog" para todos os gostos.
Quer conhecer nosso canal no YouTube? Clique aqui e se inscreva.
Já viu nossa página no Facebook? Clique aqui para curtir e acompanhar nosso feed.
Agora também tem Arteseqüencial no Instagram. Siga-nos nesse link.
Será um imenso prazer tê-los como companhia em todos nossos canais.
Um grande abraço!

Fabio Vicente

terça-feira, 25 de setembro de 2018

17 anos de postagens...

terça-feira, 25 de setembro de 2018 1

Olá, amigo!

Dia 20 de setembro foi há alguns dias... São 17 anos produzindo conteúdo online, no tempo onde a internet era tudo mato ainda... Conhece todos os canais? O blog, o canal no YouTube, a página no Facebook, o perfil no Instagram? Estou planejando postar algumas surpresas neste mês em todos esses canais.
Aguarde!

Fabio Vicente!

terça-feira, 9 de maio de 2017

Flashes criativos

terça-feira, 9 de maio de 2017 1
No início dos anos 2000 a grande novidade na internet eram as animações em formato SWF. O programa Flash era protagonista nos melhores layouts de páginas na web: fazia animações elaboradas sem ocupar espaço excessivo na memória, o que as tornava facilmente carregáveis, em tempos onde a velocidade dos dados na internet era muito lenta comparada com os dias de hoje. Quando este blog ainda era hospedado no finado Geocities, eu tinha como diversão garimpar páginas interessantes com essa tecnologia. Refiz uma busca em algumas delas e percebi que algumas ainda estão ativas, ainda que tenham mudado de endereço.


"Hestekor", cujo autor e o ano não pude localizar e "NobodyHere" produzido por
Netherlands Foundation for Fine Arts, Design and Architecture.

Comecemos nosso passeio clicando em HESTEKOR . Recebi o link por email, há um bom tempo atrás. Até hoje ainda não sei quem fez, em qual ano foi feito... isso me irrita! As pessoas costumam repassar as coisas na net sem citar fonte... Aliás, neste exemplo e no terceiro que posto hoje a autoria não está clara. Caso você saiba, por favor, me informe para que eu possa atualizar! Mas vale a pena ver. Besta, mas engraçado. Hestekor é um coral infame de cavalos onde você vai acionando cada um deles com um clique. Pra aquelas horas em que se está de saco cheio e precisa dar risada de qualquer tranqueira.

Um site bem estruturado com uma navegação bastante divertida: NOBODY HERE. Site experimental, pra uns web-art pra outros pura viagem... É difícil explicar, só vendo mesmo. A silhueta-menu é um show à parte.


"Coração" cujo autor não se identificou na página.

Outra animação show de bola é CORAÇÃO DOS HOMENS. Trilha bem escolhida, animação bem realizada... tem um toque de teatro chinês de sombras.

Grande Abraço!

Fabio Vicente

domingo, 19 de março de 2017

Conhece o Boris? E a Julie?

domingo, 19 de março de 2017 7
Olá, amigo!


No sentido do relógio: Boris Vallejo e seus trabalhos, Leather Jacket (estátua),
Curl (óleo sobre tela), Julie Bell e seus trabalhos,
Fierce Beauty (Sketch) e Angel Wings (óleo sobre tela)
© Boris Vallejo & Julie Bell

Ele, peruano, esculpe seu corpo em uma academia pessoal e toca violino nas horas vagas... quando não está envolvido na produção das mais incríveis ilustrações de Fantasy Art. Mestre, com fortes influências dos grandes mestres das artes. Ela, natural de Beaumont, Texas, também cultua seu físico e é mestra em ilustrações de Sci Fi e Fantasy Art. A tradicional "pele de metal" é uma marca em seus trabalhos. Quer saber mais sobre eles? Ver Sketches, Ilustrações, Esculturas e muito mais? BORISJULIE.COM, site oficial da dupla é o melhor ponto de partida...


O Bárbaro enfrenta uma bruxa © Boris Vallejo


Vaqueira do Espaço © Julie Bell 

Grande Abraço,
Fabio Vicente

domingo, 12 de março de 2017

BIBLIOTECA BÁSIHQA! #002 - Quadrinhos e Arte Sequencial, de Will Eisner

domingo, 12 de março de 2017 0
Olá, amigo!


Quadrinhos e Arte Sequencial - princípios e práticas do lendário cartunista, de Will Eisner.

Quadrinhos e Arte Sequencial - princípios e práticas do lendário cartunista... O que falar desse livro?
Eu deveria ter começado a seção Bibliotec BásiHQa por esse volume, mas guardei para fechar a semana em que o mestre Will faria 100 anos se estivesse vivo, como uma espécie de homenagem. Este volume é item obrigatório e livro de cabeceira para todo amante de quadrinhos por diversas razões, a saber:

a) Foi escrito em 1985 por William Erwin Eisner, Will Eisner (nascido no Brooklyn, Nova York, em 6 de março de 1917, partiu para a eternidade em Lauderdale Lakes, Flórida, em 3 de janeiro de 2005), famoso e renomado quadrinista norte-americano, criador do icônico The Spirit, dentre outros personagens. Em seus mais de 70 anos de carreira, atuou como desenhista, roteirista, arte-finalista, editor, cartunista, empresário e publicitário.

b) Criador do termo "Arte Sequencial" para classificar um gênero artístico de narrativas gráficas que engloba inúmeras produções ao longo da história da arte, como a arte rupestre, os painéis em baixo - relevo em templos mesopotâmicos, narrativas em papiros e paredes egípcias, tapeçarias medievais... culminando, claro com a nona arte: os quadrinhos. Termo que, diga-se de passagem, também batiza essa página (será que dá para perceber o quanto sou fã desse mito?).

c) Também vemos o nascimento de outro termo nesse livro, "Graphic Novel", ou Romance Gráfico, para um gênero de HQs mais autoral, em formato mais extenso que as tradicionais histórias seriadas.

Eisner explora a maneira como essa modalidade artística é fruida na mente do leitor.

d) O livro, repleto de exemplos extraídos de suas geniais criações, disseca a estrutura narrativa das HQs tomando como ponto de partida a maneira como essa modalidade artística é fruida na mente do leitor: o formato dos quadrinhos e o espaço entre eles e o modo como isso interfere na sensação da passagem de tempo, ou o modo como a voz é modulada na mente do leitor nos balões, por exemplo. Há também capítulos desicados à linguagem corporal dos personagens, linha de leitura e perspectiva na composição da página, técnicas de roteirização e um glossário de termos relacionados à arte sequencial e à produção gráfica.


Glossário de termos relacionados à arte sequencial e à produção gráfica.

Ficha Técnica:
Quadrinhos e Arte Sequencial
Will Eisner
ISBN: 8578273079
Ano: 2010 (4ª edição) / Páginas: 192
Idioma: português
Editora: WMF Martins Fontes

quarta-feira, 1 de março de 2017

BIBLIOTECA BÁSIHQA! #001 - Como fazer Histórias em Quadrinhos, de Juan Acevedo

quarta-feira, 1 de março de 2017 0
Olá, amigo!

A Biblioteca Básihqa! é uma nova seção que inauguro aqui, onde você pode encontrar resenhas de livros básicos para o ensino de desenho e quadrinhos. Vou aproveitar que o Ministério da Cultura decretou este mês de março como o mês do bibliotecário e começar a tocar essa ideia que estou querendo fazer há um bom tempo.


Como Fazer Histórias em Quadrinhos, de Juan Acevedo

Assim sendo, neste post de estréia, vou começar por um livro relativamente desconhecido, mas dos mais completos para quem já quer sair produzindo, uma vez que aborda a arte sequencial de modo bastante acessível a qualquer um. Era um dos livros fundamentais que utilizava nas minhas aulas de quadrinhos, nos tempos em que coordenei o curso na Escola de Desenho Cândido Portinari, em Santana/SP, nos anos 90.

Como fazer histórias em Quadrinhos, de Juan Acevedo é o resultado do trabalho de um dos melhores humoristas gráficos da América Latina em oficinas populares de criação de quadrinhos em comunidades pobres do Peru. Acevedo defende a tese de que os quadrinhos são uma arte para o povo e devem representar sua voz e seu olhar. Assim, de um jeito simples e prático, apresenta uma alternativa viável para o aprendizado de utilização da linguagem nas histórias em quadrinhos como instrumento de "libertação de consciências", partindo da observação da realidade local, sem se prender a métodos e esquemas, apenas fazendo uso deles para relacioná-los com a vida, com o repertório particular do artista iniciante.
Apresenta formas de construção bem simplificadas para os personagens, partindo de expressões faciais e corporais simples, incorporando meios gráficos para combiná-las e intensificá-las. Envereda pelas estruturas narrativas partindo das vinhetas para compôr as sequências. Passeia pelos planos de enquadramento e suas funções narrativas. Exemplifica os diversos tipos de balões e dá dicas de lettering e seus recursos cognitivos tanto nas falas como nas onomatopéias. Introduz as metáforas visuais de sinais gráficos e figuras cinéticas. Ensina formas de condução do olhar através da composição e os recursos de timing obtidos nas montagens e na relação entre as vinhetas.


O desenho é simples e direto, muito fácil para o artista iniciante.


Essencialmente prático, tem inúmeros exemplos retirados de HQs conhecidas.

Ele finaliza o livro apresentando exemplos de produções feitas nas oficinas, provando que qualquer um pode fazer uso dessa poderosa linguagem como meio de expressão.
O livro também conta com sugestões de exercícios ao final de cada assunto, além de um capítulo que aborda a história dos quadrinhos de maneira bem sucunta.
Publicado pela editora Global em 1990, atualmente fora de catálogo, "Como fazer histórias em quadrinhos ainda pode ser garimpado em sebos, mesmo os virtuais na internet, por um preço bastante acessível.

Vale a pena a busca.

Abraço,

Fabio Vicente

Ficha Técnica:
Como Fazer Histórias em Quadrinhos
Juan Acevedo
ISBN-13: 9788485016358
ISBN-10: 8485016351
Ano: 1990 / Páginas: 214
Idioma: português
Editora: Global
 
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