segunda-feira, 2 de março de 2015

Mark Crilley: expressões, Chibi style.

segunda-feira, 2 de março de 2015 3
Mais um vídeo de Mark Crilley, criador do mangá "Miki Falls"... no estilo daquele que apresenta 100 olhos de mangá, este "20 modos de desenhar expressões em Chibis" é bem bacana.
Vale perder uns minutinhos.



Abraço!

Fabio Vicente

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Eu: o Professor, o Designer e como a vida faz escolhas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015 4
Eu, concentrado em um projeto de sinalização,
como programador visual das Faculdades Integradas de Guarulhos, em 2002.

Costumo dizer que, na maior parte das decisões vitais e pertinentes, ninguém deveria fazer escolhas antes da vida adulta.
Elas nem sempre são acertadas... falta maturidade.
Em geral, quem opta por uma carreira após os 25 anos, acerta... É óbvio que isto é uma opinião pessoal, mas como a premissa dessa postagem é um relato de minha trilha pelos caminhos da educação, não imagino melhor modo de iniciar o texto.
Assim como muita gente, sempre ouvi que a escolha da profissão deveria obedecer a uma predileção ou a habilidades e tendências pessoais. Não era uma fórmula de sucesso, mas ajudava a lidar com as dificuldades quotidianas. Desde que me conheço por gente tenho os lápis, as cores e as formas como companheiras de minhas brincadeiras... Fui alfabetizado lendo quadrinhos e passei boa parte de minha infância e adolescência desenhando. Aos dezesseis anos ingressei em uma escola de desenho, e aos dezoito já estava lecionando desenho na mesma entidade, aprendendo, a custo de muita cabeçada, o ofício de mestre, desde 1989.
Foram 12 anos na Escola de Desenho Cândido Portinari ensinando desenho, quadrinhos e ilustração.
Apesar da escolha apresentada pela vida, imaginei que minhas habilidades seriam melhor aproveitadas como Designer. Parti em busca da formação em Desenho Industrial, porém, o mercado exigia capacitações e atualizações distantes de minha realidade financeira. O emprego na área não surgiu em momento oportuno e, quando me dei conta, estava lecionando Educação Artística, Desenho Geométrico e Informática no dito ensino regular.
Seria injusto não mencionar que o design acompanha minha vida desde então, seja atuando como Programador visual dentro de empresas, seja como freelancer. Contudo, a educação sempre foi a minha principal atividade. Em vários momentos mantive dois empregos, como professor e designer. Ilustração e quadrinhos fazem parte da minha vida tanto quanto giz e lousa.
Mas como estava dizendo, nesse meio-tempo, migrei aos poucos do ensino técnico para o ensino regular.
De lá pra cá, põe mais uns 15 anos ou mais nessa história. Tive algumas desilusões, sobretudo no período em que fui servidor público, das esferas estadual e municipal. Não apenas com a escassez de recursos, tampouco com a baixa remuneração - embora isso tenha certa relevância - mas com as condições de trabalho: salas superlotadas, crianças sem noção de civilidade e carentes de exemplos familiares, abandonadas numa espécie de depósito de gente, onde a falta de empenho é premiada com a aprovação automática e onde o professor tem que assumir papel de pajem, sacerdote, assistente social, pai, mãe, e tantos outros a que as políticas públicas nos conduzem. 
Mas nem tudo são agruras: ao ingressar no curso de formação de professores – complementação pedagógica para bacharéis –, comparando minha prática pedagógica com as teorias de Piaget, Vygotzki, Freire e tantos outros, percebi que se há algo para o qual fui cunhado foi para ser professor.
Mas a constatação definitiva de meu papel na sociedade sempre ocorre naqueles momentos onde, anos após, encontro ex-alunos que fazem questão de cumprimentar e comentar os bons momentos e os ensinamentos que fizeram a diferença em suas vidas.

Abraço!

Fabio Vicente
 
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