terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aula #003 - Desenho - Prof. Fabio

terça-feira, 30 de setembro de 2008 10
Variações no aquecimento

É... quatro meses trabalhando diariamente o traçado, mesmo intercalando com exercícios de escalas tonais é extremamente útil para o desenhista iniciante, como visto nas duas aulas anteriores, mas também pode encher o saco.
Por isso é fundamental ir variando os temas dos aquecimentos, sempre buscado uma ênfase maior naquilo que você tem mais dificuldade. Mas repito: a base são linhas retas em vários sentidos e círculos.
Hoje vou propôr um aquecimento diferente. O visual não fica tão interessante quanto o anterior, nem a gente vai sentir diferença imediata no traçado. Mas o que esse exercício tem de mais brilhante é o estimulo das articulações do braço. Vamos movimentar o braço de maneiras que não estamos acostumados... e aquela dica de usar o braço todo irá fazer mais sentido agora.
Você irá perceber que o braço pode ter contato com a mesa, mas deve deslizar solto. Não se apóie nas costas da mão, nos punhos ou nos cotovelos. Mas também não erga o cotovelo. Deslize o braço e não ponha força no traço.A primeira providência é dividir a folha de sulfite em quatro faixas verticais, com seu lápis HB.
Fiz o exemplo com régua, apenas pra ficar mais didático, mas como exercício diário é aconselhável que essa divisão seja feita à mão livre, já servindo como exercício de linhas retas.
Divida a folha ao meio e cada metade ao meio novamente, como mostra o diagrama abaixo.

© Fabio Vicente - 2008

Como nas aulas anteriores aponte o lápis e aplique as linhas empunhando como um martelo, envolvendo o lápis (A) e depois apoiando o dedo sobre ele (B) usando-o deitado (c) (d).

© Fabio Vicente - 2008

No primeiro espaço articule apenas o punho em movimentos de vai-e-vem, como um "tchauzinho", e vá riscando com a velocidade de traços mais firmes, que a esse ponto, acredito que você já tenha descoberto. Vai sentir dificuldade, pois não é uma articulação muito usada. Controle a vontade de usar a articulação do cotovelo nesse movimento. Vigie e preste muita atenção no seu braço, muito mais do que no traçado. Só assim se acostuma a controlar melhor nosso instrumento de trabalho: a mão. Se estiver muito difícil, comece o movimento riscando lento e depois vá acelerando aos poucos. Nem preciso falar que todo aquecimento é feito com traços leves.


© Fabio Vicente - 2008

No segundo espaço, articule apenas o cotovelo. Você irá sentir mais facilidade porque esse é um movimento mais comum para o seu braço ao riscar.


© Fabio Vicente - 2008

No terceiro espaço, o movimento deve ser executado pelas duas articulações ao mesmo tempo, em espiral. Se não articular o punho, você estará transferindo todo o movimento para o ombro, o que atrapalha o traçado e pode, inclusive, fazer seu braço doer. É um movimento relativamente difícil, portanto começe articulando devagar e vá acelerando.



© Fabio Vicente - 2008

No último espaço, o traçado exige movimento das duas articulações e uma leve torção no antebraço. É o movimento mais difícil de todos. Execute lentamente e mais uma vez vá acelerando aos poucos. Muito cuidado, pois a tentação de não articular o braço e a de aplicar traços fortes será muito grande, portanto muita concentração no movimento: leveza, controle da velocidade e usar o braço todo. As regras de ouro do bom traçado.

© Fabio Vicente - 2008

O resultado final vai ficar como no desenho abaixo.

Aquecimento #2 © Fabio Vicente - 2008

Não é um exercício de resultados rápidos e visíveis. Mas é o mais eficaz para o "adestramento" dos movimentos do braço. Vá alternando com o aquecimento anterior em dias diferentes e continue executando esse exercício para o resto da vida, em menor freqüência, sempre que você ficar alguns dias sem desenhar, ou que seu braço tenha feito algum esforço maior antes da sessão de desenho, para dar mais firmeza ao traço.
Bons rabiscos!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Aula #002 - Desenho - Prof. Fabio

segunda-feira, 22 de setembro de 2008 17
Tentaram fazer os aquecimentos propostos?"
- E aí? Agora já posso desenhar, psôr?"
Não, afoito aluno... Lembre-se que estamos começando do zero.

Material do dia:
Lápis HB (ou nº2, escolar), papel sulfite ou canson, régua acrílica (30cm).

Primeiros passos: os 6 primeiros meses.
Pra começar, o primeiro passo é resolver problemas de traçado e soltar a mão, lembra? 10 minutos diários, religiosamente, durante, pelo menos três a quatro meses concentrar-se em exercícios de repetição (aquecimentos) de traços envolvendo círculos e retas, como os propostos na última postagem de aula de desenho.
Após esse período, alternar estudos de escalas tonais do escuro para o claro, dia sim dia não. 30 minutos por sessão, durante mais dois meses... 10 minutos para aquecimento e 20 para escalas tonais.
Como fazer escalas tonais?
Pegue uma folha de papel sulfite ou, preferencialmente, o canson A4e com uma régua desenhe fileiras de 7 quadrados de 2x2cm como no modelo abaixo.
© Fabio Vicente – 2008
Cuidados básicos: Papel e Régua
Evite manusear demais a folha antes de realizar um trabalho de esfumaçamento à grafite. Seus dedos deixam marcas de gordura na folha que são quase impossíveis de retirar ou disfarçar. Manuseie a folha com lenços de papel ou papel toalha (aquele de cozinha) e mantenha uma folha sempre no ponto de apoio da mão que desenha para não encardir a folha nem a mão. Mantenha uma flanela sempre à mão para limpar a régua durante o desenho e lave as réguas e esquadros com água e sabão antes do uso e após o uso, sem esfregá-las, para não danificar o material. O ideal é ensaboar as mãos e lavar a régua com a espuma das mãos, enxaguando em água corrente. Nada de buchas ou esponjas. Se costuma usar com nanquim ou canetinha, cuidado! Restos desse material podem sujar sua arte, portanto a limpeza prévia é fundamental.
Como aplicar o grafite no papel?
Aponte o lápis (em breve, uma aula somente sobre preparo de pontas e grafites em geral) e aplique as sombras empunhando como na aula anterior, primeiro envolvendo o lápis (A) e depois apoiando o dedo sobre ele (B) usando-o deitado (c) (d).

© Fabio Vicente – 2008
Comece variando os tons do escuro até o claro. Você vai perceber que os tons claros são atingidos com menos camadas que os escuros.

© Fabio Vicente – 2008
Aplique camada suave sobre camada suave de grafite até escurecer por completo ou atingir a tonalidade que você pretende, sem deixar espaços em branco. Nunca tente atingir a tonalidade de uma vez só. Faça isso nas duas primeiras faixas de quadrados.
Agora experimente o inverso, partindo do claro até o quadrado escuro, duas faixas também.
© Fabio Vicente – 2008
Muito cuidado nos tons claros para preencher cada quadrado por completo, sem falhas e sem carregar na tonalidade. Mantenha a disciplina: camada clara sobre camada clara. Resista à tentação de preencher os quadrados com forças diferentes. Também não pinte a tonalidade clara em todos de uma vez só. Disciplina: um quadrado por vez!
Se for pra ler as dicas aqui e fazer tudo ao contrário, então sai fora, vai procurar um webgame noutra página e não volte mais aqui, compreendeu?
A partir da quinta fileira, vá alternando: Escuro para o claro, claro para o escuro, etc.O resultado final vai parecer esse aqui:



© Fabio Vicente - 2008

É isso.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cartum #1

terça-feira, 16 de setembro de 2008 0
Cartum publicado na sessão de cartas do jornal "Serviço Público", em 1992.

© Fabio Vicente - 1992

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Aula #001 - Desenho - Prof. Fabio

segunda-feira, 15 de setembro de 2008 33
Quer realmente aprender a desenhar?
Elabore um plano de estudos e siga à risca: Aprender a desenhar é uma batalha onde só os bravos resistem. Não é coisa pra "frangote desenheiro"... Se você é preguiçoso (leia-se "frangote desenheiro") e não está nem um pouco a fim de aprender nada sem um mínimo sacrifício, então vai buscar um webgame e sai fora.
Vamos lá, então.

Preparando o material:

Nessas primeiras tentativas use o básico do básico. Comece com um lápis HB (ou o escolar nº2, que dá na mesma) uma borracha macia e papel sulfitão. Mais pra frente esmiuçaremos mais o uso e a escolha de cada material. Atenhamo-nos às coisas mais urgentes, como o traçado.Não adianta estudar anatomia, perspectiva e o escambau se seu traço for tosco.Tem cara que tem a mão tão pesada que se apontar o lápis, corta a folha ao meio.
Dica inicial: Segure o lápis um pouco acima, evitando "enforcar" a ponta, mais ou menos a um dedo e meio a dois dedos de distância da ponta do lápis, conforme mostra o desenho.


© Fabio Vicente - 2008



Pra começar, então, o primeiro passo é resolver problemas de traçado. Concentrar-se em exercícios de repetição (aquecimentos) de traços envolvendo círculos e retas...10 minutos diários. Religiosamente. Durante, pelo menos três a quatro meses.
Aí, você vai me falar que todo mundo diz isso e blá-blá-blá, que não tem exemplo disso em canto nenhum... E eu vou dizer que é fato, ao menos em parte. Tem uns livros mais antigos que têm alguma coisa. Mas muita gente que entra nesse ramo de aula (seja online, ao vivo ou nas famigeradas revistinhas de banca), pra não desagradar o aluno, evita aplicar esses exercícios - ou às vezes nem conhecem, o que é mais grave ainda - e o traçado acaba meio que se consertando sozinho, mas muito lentamente, ou às vezes nem conserta.
Exercícios de repetição: o "Aquecimento".
Como a base do estudo inicial se trata de exercícios de repetição,vai aí um exemplo que eu aplico e dá resultado rápido. Pra quem faz diariamente sente uma grande diferença em um mês e meio, mais ou menos.
1. Coloque a folha numa posição confortável para o seu braço, alinhada com o antebraço.

© Fabio Vicente - 2008

Obs.: Se for uma folha tamanho A4, uma mesa dá conta do recado...

© Fabio Vicente - 2008


... mas se for um papel A3, convêm apoiá-lo numa prancha de madeira ou madeirite numa cadeira e em seu colo, como mostra o desenho, a não ser que você tenha uma prancheta (mesa) profissional de desenho, com inclinação adequada (60°).
© Fabio Vicente - 2008
2. Segure o lápis de uma maneira diferente do que você está acostumado.Envolva o lápis como se estivesse empunhando um martelo, com a ponta para cima, como em "A". Em seguida apoie o dedo indicador sobre o lápis, como em "B", lembrando de não segurar muito na ponta, como eu disse acima.
© Fabio Vicente - 2008
Vai dar trabalho pra riscar, mas use o lápis deitado sobre o papel, como se estivesse pintando ou fazendo um sombreado.

3. Divida a folha em três campos: ao meio na altura e na parte superior ao meio, na largura, como no desenho a seguir.

Aquecimento © Fabio Vicente - 2008
4. Linhas retas.

Aquecimento © Fabio Vicente - 2008

No campo 1 (a), começe fazendo traços retos, um sobre o outro, sem desencostar o lápis do papel (b), procurando descobrir a velocidade em que a sua mão treme menos.A regra é: quanto mais lento, mais trêmulo. Quanto mais rápido, mais torto. descubra a velocidade média ideal, através desses movimentos repetidos.Use mais o braço, deslizando sobre a mesa, mantendo contato, mas sem grudar o cotovelo ou o pulso na superfície.Não é pra sair riscando a folha toda... o resultado vai ser um traço um pouco grosso como mostrado no exemplo acima (c). Sem girar o papel, vá repetindo a operação em outras posições como mostrado em (d), (e) e (f).Em seguida, faça um único traço horizontal, decidido e na velocidade que você descobriu ser a mais eficaz(g). Você vai ter um resultado como a bandeira da Inglaterra rabiscada e esse último traço, via de regra, fica bem melhor que os primeiros. Faça um minuto ou dois, ininterruptos em cada sentido de traçado.


5. Círculos.


Aquecimento © Fabio Vicente - 2008


No campo dois (a), pegue uma moeda e contorne ou faça um círculo com um compasso (b). Em cima desse círculo perfeito dê cinco voltas (ainda segurando o lápis do mesmo jeito) usando mais o braço solto, como descrito acima(c), e em seguida faça um círculo à mão livre, também com 5 voltas, sem desencostar o lápis do papel (d). Vá voltando sobre o círculo perfeito, riscando as cinco voltas (e) e execute outro círculo de outro tamanho (f). Repita a operação várias vezes pra círculos de vários tamanhos (h)


6. Mais círculos e retas.


Aquecimento © Fabio Vicente - 2008
No campo 3 (a) construa um quadrado, à mão livre, com movimentos de vai-e-vem, sem desencostar o lápis pra cada traço (b). Certifique-se que o resultado é quadrado, não retangular (c). Faça um círculo dando cinco voltas dentro do quadrado (d). Vao perceber que é mais fácil controlar a forma, encostando as bordas do círculo nas do quadrado.Repita a operação em quatdrados/círculos de várioa tamanhos, ocupando todo o espaço (e) (f).
O resultado final vai ficar mais ou menos assim, como o desenho a seguir.


Aquecimento © Fabio Vicente - 2008
Por fim, lembre-se de 4 regras importantes:
1. Trace muuuito de leve;
2. Controle a velocidade;
3. Use o braço todo quando riscar;
4. Faça desse exercício um hábito obrigatório pro resto de sua vida, mas, principalmente nos primeiros 4 meses.
É isso.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Aula de Desenho - Prof. Fabio

sexta-feira, 12 de setembro de 2008 27
Esquema de construção de um boneco no estilo caricato © Fabio Vicente

São 20 anos de experiência na área de arte-educação e pelo menos 30 de paixão declarada pela arte seqüencial. Em breve as aulas começarão por aqui. Aponte seus lápis, pegue seus papéis, deixe sua preguiça de lado e siga as orientações deste humilde blogueiro.
M.M.O - Material Mínimo Obrigatório:
Lápis HB e 6B
Borracha Macia
Estilete
Lixa de unha
Esfuminho
Papel Toalha
Papéis variados de tamanhos e texturas variadas, mas principalmente o sulfite 90g/m e o Opaline 120g/m.
Régua (30 cm) acrílica e esquadros.
Material para arte-final e colorização só mais pra frente.
Começaremos muito em breve.
Aguarde.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Turma da Mônica Jovem

quarta-feira, 10 de setembro de 2008 5

Turma da Mônica Jovem © Maurício de Souza Produções

Confesso que fico meio sem-graça de fazer crítica para o mestre Maurício de Souza, mas acho que às vezes ele erra a mão. O gol de placa que ele fez ao editar o clássico Pelezinho (que embalou as primeiras leituras quadrinísticas de minha infância) contrasta com a bola-fora do gibi do Ronaldinho Gaúcho, por exemplo.
Faço questão de deixar claro que não estou avacalhando com o gênio e herói do quadrinho nacional - uma vez que é uma rara excessão, um caso de sucesso gigantesco de quadrinista brasileiro dentro do próprio país... um país que não lê livros, quem dirá quadrinhos.
Sem contar as geniais histórias infantis, com um forte sabor brasileiro, com um toque nostálgico de um pequeno bairro ou cidade do interior do passado, onde as brincadeiras de rua eram uma deliciosa realidade, hoje impossível. Destaque pra aquelas histórias publicadas no final dos anos 70, início dos 80, que na minha modesta opinião são as melhores já publicadas da turminha do bairro do Limoeiro.
Já que citamos "Pelezinho" e "Ronaldinho Gaúcho", "em time que está ganhando não se mexe", já diz a máxima futebolística.
Fato: "Turma da Mônica Jovem" é uma versão crescida, algo como "O que aconteceria se... a Turma da Mônica fosse trabalhar na Malhação". Ou seja, a turma original, com os eternos seis ou sete anos de idade ainda continua firme e forte em seus títulos regulares. "Turma da Mônica Jovem" é um experimento e ninguém pode reclamar, porque eles mesmos deixaram isso bem claro na primeira edição. Vi a chamada em vários sites logo que saiu, em data bastante oportuna, em plena Bienal do Livro. Tive uma impressão não muito boa, mas preferi me calar até ter o exemplar folheado em mãos, pra não cometer injustiça.
Sendo assim, agora que já consumi o produto, vamos à resenha:
Tirando o uso de retículas, o fato do miolo ser em preto e branco (em papel jornal) e o uso de versões chibi para demonstrar emoções não se trata de mangá. Aliás parece muito mais uma tentativa de embarcar num modismo, pra ver se aumenta o público. Tentativa arriscada, porque o consumidor de mangá consome o que já sabe que vai consumir. Transpor dois estilos tão diferentes tem seus problemas... uma primeira coisa que a gente observa é que o roteiro não decide se é shonen ou shoujo - beco sem saída, porque a turma da Mônica não escolhe publico, masculino ou feminino.
Traduzindo pra quem mora noutro planeta e nunca ouviu falar dessa divisão no mangá: O Shoujo são histórias para um público feminino, geralmente mais focadas no relacionamento interpessoal e nos anseios e dúvidas adolescentes. No Shonen, pros meninos, as histórias são mais heróicas e possuem um fundo moral que sempre gira em torno do herói derrotado que dá a volta por cima, ou que mostra o valor da vitória quando se batalha muito. O roteiro pincela as duas coisas e não engrena nem prum lado nem pro outro.
Faltam mais coisas. A passagem lenta do tempo. A valorização da câmera-lenta e do silêncio como efeito dramático. O uso pictórico das onomatopéias. Nem os rostos dos personagens estão, com excessão do brilho nos olhos, muito diferentes do tradicional traço aplicado em personagens adultos como o Rolo e a Tina, na linha não-manganosa do estúdio. Não têm o rosto anguloso e estilizado do mangá para o público adolescente.
Aplaudo a coragem, mas receio que irá desagradar parte do público cativo e não irá atrair muito os fãs do gênero mangá.
Bom, se ao menos eles obedecerem uma das tradições do mangá, que é o arco de histórias, ou seja, uma série que tem fim, se tornará curiosidade, e é possível que mesmo não indo bem nas vendas ( o que não é bem o caso, porque na primeira semana já vendeu 57% da tiragem) cumpra seu objetivo de artigo experimental e instrumento de reconhecimento de novas fórmulas e se torne um ítem de colecionador, como as tentativas de graphic novel, como o "Batmenino eternamente" e os "Doze trabalhos de Mônica".
Mas não corra às bancas achando que você vai consumir mangá.
Nem corra às bancas achando que vai ler um gibi da Mônica.
Tem algumas tiradas inteligentes, dignas das revistas da turma, mas não tem nem o humor característico da série tradicional, nem se definiu dentro de algum estilo mangá. Nem como paródia.
Comprei, mas não sei se vou atrás do número dois.
Sim, porque a história é em capítulos.
Também não sei se recomendo.
É isso (como diria Pasquale Cipro Neto).

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Quadrinistas Nacionais: Aylton Thomaz

terça-feira, 9 de setembro de 2008 2
Desenhista de histórias de Terror, da Editora Taika, na década de 60, dono de um traço bem brasileiro calcado no desenho de humor, foi obrigado a ir para a publicidade , como tantos outros que batalhavam pela nacionalização das HQs, derrotados pela queda de braço com as grandes editoras. Autor de vários livros de desenho pela Ediouro, foi um dos meus primeiros mestres involuntários de desenho, assim como Maurício de Souza e Daniel Azulay, de onde aprendi a diferença entre esboço e acabamento.

O próprio Aylton, em foto dos anos 60. Foto de autoria desconhecida, provavelmente do acervo pessoal de Jayme Cortez.
Quando fiz uma busca por imagens desse meu mestre, que surpresa! Nenhuma página com trabalho algum desse grande desenhista nacional, exceto links para venda de livros usados!
Como é que a nova geração vai conhecer o trabalho da geração antiga?
É triste mas, a cada nome que faço uma busca pela net, percebo o quanto não se tem memória nesse país.

Ilustração e esquema de construção © Aylton Thomaz

Bingo, o pequeno jornaleiro © Aylton Thomaz

Ilustração para livro infantil © Aylton Thomaz

Por isso, peço licença ao mestre pra postar essas imagens digitalizadas de um de meus velhos livros aqui, pra render-lhe a mais justa homenagem nessa galeria.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Romário, o funcionário #4

quinta-feira, 4 de setembro de 2008 0
Última publicada deste personagem, em 1992.
Na minha opinião, a melhor. Quando eu estava me familiarizando com o estilo de gag que ia usar no enredo, o jornal não foi adiante... Mudança de governo, esssas coisas...


Romário, o funcionário © Fabio Vicente - 1992

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Romário, o funcionário #3

terça-feira, 2 de setembro de 2008 0
Mais uma deste personagem de 1992.

Romário, o funcionário © Fabio Vicente - 1992

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Romário, o funcionário #2

segunda-feira, 1 de setembro de 2008 0
Mais peripécias deste personagem de 1992. A leitura tá meio difícil, porque foi escaneado do jornal. Mas dê um click na imagem que dá pra ler em um tamanho um pouquinho maior... Quem é usuário do blogger já sabe, mas não custa nada ensinar...
Romário, o funcionário © Fabio Vicente - 1992
 
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